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"E ninguém é exacto nem feliz."

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O tempo


Tenho nas mãos o tempo. De te acordar. De te querer. De te resgatar desse abismo. De te esperar.
Quanto tempo?                                           Todo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

À espera


Não perguntes por quanto tempo; a dimensão do tempo perde-se na intensidade do desejo. Não me perguntes até quando; os limites do tempo diluem-se na urgência da paixão.
Um sinal, um gesto, um olhar... Um tudo nada de ti que seja o infinito para mim. Espero.

domingo, 25 de setembro de 2011

O outro lado

No outro lado da história, havia eu. Cinzenta. Quase apagada. Querendo escrevê-la contigo, mas consciente de que isso só seria possível se tu quisesses também.
Talvez ainda não queiras. Ou não saibas que queres. Mas vais querer. Porque quando tu quiseres, o outro lado será a história.

domingo, 17 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Não te amo




Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Almeida Garrett

sexta-feira, 17 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Se







Serias, se quisesses, 
a melodia que ainda não escrevi.

Desejo

Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ei-lo que avança
De costas resguardadas pela minha esperança.
Não sei quem é. Leva consigo,
Além de sob o braço o jornal,
A sedução de ser, seja quem for,
Aquele que não sou.
E vai não sei onde
Visitar não sei quem.
Sinto saudades de alguém
Lido ou sonhado por mim
Em sítios onde nunca estive.


de Ruy Bello